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“Este PS é aquele PS”, “este Governo é aquele Governo”. No PSD, a colagem entre os executivos Sócrates e Costa é uma das grandes apostas políticas nesta altura, com os deputados sociais-democratas a pressionarem a direção da bancada a responsabilizar os atuais governantes socialistas que, no passado, pertenceram ao núcleo político de José Sócrates. Sobretudo porque entre eles está o primeiro-ministro António Costa. No entanto, os repetentes não ficam por aí. Se a análise for além dos que integravam o núcleo político de Sócrates, a conclusão é que 18% (quase 1 em cada 5) dos atuais governantes passaram pelos dois Executivos de Sócrates. E se somarmos o pessoal político que esteve nos gabinetes entre 2005 e 2011, o total de repetentes de Sócrates sobe para 23, entre os 61 membros do Governo de Costa.

O Observador cruzou os dois governos de Sócrates com o atual, para perceber quem afinal se repete, mas também para entender de onde vieram e como lá chegaram, bem como a relevância política que cada um destes atuais governantes teve até aqui. Visto ao detalhe, não há nenhum elemento do atual governo que seja propriamente um “socrático” de raiz — “socráticos”, neste sentido, são aqueles cuja vida política existe exclusivamente pela ligação a Sócrates, como seria o caso de Pedro Silva Pereira, atualmente eurodeputado, que só ganhou relevância por causa da sua proximidade ao ex-primeiro-ministro. Os nomes deste Governo que já vinham do passado encontram sobretudo ligação a António Costa ou, em outros casos, a Vieira da Silva.

Mas, independentemente disso, há vários elementos deste Executivo que estiveram, de facto, como aponta o PSD, nos Governos de José Sócrates. Mais relevante ainda: no núcleo duro de Costa estão dois ministros que estiveram também no círculo político mais restrito de Sócrates — o ministro da Segurança Social, Vieira da Silva, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. Isto além do próprio primeiro-ministro, que foi uma espécie de vice-primeiro-ministro nos primeiros anos da governação Sócrates. É precisamente a este núcleo que o PSD aponta.

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Ministro de Sócrates que é agora primeiro-ministro

António Costa
António Costa
Primeiro-ministro
Não era um ministro qualquer. António Costa assumiu funções no primeiro Governo de José Sócrates como ministro de Estado e da Administração Interna: era o número dois oficial do primeiro-ministro, um verdadeiro vice-primeiro-ministro, embora sem essa designação. Fazia parte do núcleo político mais restrito. A proximidade entre os dois socialistas vinha sobretudo dos anos de governação conjunta nos tempos de António Guterres. O apoio de Costa à candidatura de Sócrates à liderança foi determinante e depois, quando veio a maioria absoluta, aceitou o convite de Sócrates e veio de Bruxelas, onde era eurodeputado desde o ano anterior, para integrar o Executivo. A relação entre os dois não é propriamente de amizade, nunca foi, mas tornaram-se aliados políticos. De tal forma que a ala socrática no PS fez tudo para que, em 2014, Costa desafiasse a liderança de Seguro, derrotando o então líder do PS nas primárias que escolheram o candidato socialista a primeiro-ministro. Mas em 2007, depois de o PSD ter pressionado a demissão de Carmona Rodrigues da Câmara de Lisboa, Sócrates aproveitou a fragilidade dos rivais em Lisboa e apostou na corrida com um candidato de peso: António Costa. Dois anos depois de ter entrado no Governo, Costa saiu e o executivo municipal acabou por lhe dar a hipótese de deixar de ser número dois de alguém, passando a número um do PS em Lisboa.

Ministros de Sócrates que são ministros de Costa

José António Vieira da Silva
José António Vieira da Silva
Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social
Se Pedro Silva Pereira era o "braço direito" de Sócrates no Governo, José António Vieira da Silva era considerado o seu braço "esquerdo". O primeiro ganhava essa importância no sentido prático (tratava-se do homem da total confiança de José Sócrates no Governo), o segundo ganhava-a do ponto de vista ideológico. Vieira da Silva era um representante da ala mais à esquerda do PS e integrava o Governo da "esquerda moderna" (o slogan com que Sócrates se apresentou ao partido em 2004 e que fizera desconfiar a esquerda socialista) com o líder socialista em busca desse equilíbrio. Nas diretas do PS, em 2004, não tinha apoiado nenhum dos três candidatos (João Soares, Manuel Alegre e José Sócrates), era o número dois do líder cessante (Ferro Rodrigues) e manteve as distâncias. Mas Sócrates acabou por valorizar a sua experiência governativa (já tinha sido secretário de Estado nos governos de Guterres) e o seu peso entre a esquerda do partido: "O José Sócrates tinha-me convidado, depois do congresso do PS em 2004, em que não apoiei nenhum dos candidatos, para fazer parte da equipa", disse numa entrevista publicada no Jornal de Negócios em 2009. Não só Sócrates o teve no seu primeiro Governo como ministro da Segurança Social, como o manteve no segundo como ministro da Economia. E incluiu-o no núcleo duro que todas as segunda-feiras se reunia para afinar a estratégia política do Governo. Do ferrismo no PS, Vieira da Silva passou para o socratismo e daí para o costismo, onde tem igualmente lugar nas reuniões de coordenação política do Governo, que se realizam todas as terças-feiras.
Augusto Santos Silva
Augusto Santos Silva
Ministro dos Negócios Estrangeiros
A história é parecida com a de Vieira da Silva. Augusto Santos Silva não era propriamente próximo de José Sócrates — aliás, nas diretas de 2004 tinha apoiado Manuel Alegre contra Sócrates —, mas entrou diretamente para o círculo de confiança política do primeiro-ministro que assumiu funções em 2005. A experiência de Santos Silva é imensa: começou com cargos executivos nos governos de Guterres e já liderou pastas como a Educação, Cultura, Assuntos Parlamentares, Defesa e, agora, Negócios Estrangeiros. A lealdade política que teve com Sócrates durante os seis anos em que esteve nos seus Governos, mantém-se hoje com António Costa. Tal como Vieira da Silva, também faz parte do grupo restrito de socialistas que se junta em São Bento todas as terças-feiras para alinhar a estratégia do Governo. Com o caso Pinho a trazer um novo tom aos principais dirigentes socialistas, Santos Silva rapidamente alinhou o seu discurso e esta semana disse (acesso pago) à Visão: "Se os comportamentos criminosos de que se fala forem provados, sentir-me-ei não só embaraçado como traído. Devo, entretanto, dizer que, enquanto fui ministro de José Sócrates, ele nunca me pediu qualquer coisa que fosse ilegal, nem nunca me apercebi de qualquer conduta sua que pudesse indiciar a prática de crimes".

Secretários de Estado com Sócrates e ministros com Costa

Eduardo Cabrita
Eduardo Cabrita
Ministro da Administração Interna
É amigo de António Costa desde os tempos da faculdade de Direito (são da mesma geração) e, embora se repita nos governos dos dois socialistas — e a dada altura mesmo sob tutela direta de Sócrates —, isso deve-se em muito à proximidade que mantém com o atual primeiro-ministro. Cabrita é amigo de António Costa, esteve sempre ao seu lado e foi ele que o levou para a Administração Interna, em 2005, entregando-lhe secretaria de Estado da Administração Local. Também já tinha sido ao lado de Costa a sua primeira experiência executiva, como secretário de Estado-adjunto do ministro da Justiça, no Governo de António Guterres. Depois de Costa ter saído do Governo para se candidatar à Câmara de Lisboa, Cabrita passou a estar sob a alçada direta do primeiro-ministro e ali ficou até ao fim desse Governo. Já não continuou no segundo. É, sem surpresa, outro elemento do núcleo político do atual Governo.
Pedro Marques
Pedro Marques
Ministro do Planeamento e Infraestruturas
É atualmente ministro do Planeamento e Infraestruturas, escolhido por António Costa, e é também um dos ministros que participa nas reuniões de coordenação política do Governo. A sua experiência governativa passa pela pasta da Segurança Social, onde entrou pela primeira vez em 2001 quando Paulo Pedroso era ministro. Entrou novamente no Governo com Sócrates a primeiro-ministro, pela mão de Vieira da Silva, como secretário de Estado da Segurança Social. Foi nestas funções que ficou até que Sócrates se demitiu, no seu segundo Governo, em 2011. 
Maria Manuel Leitão Marques
Maria Manuel Leitão Marques
Ministra da Presidência e da Modernização Administrativa
Estreou-se num Governo com José Sócrates como primeiro-ministro, em 2007, quando foi chamada para secretária de Estado da Modernização Administrativa. Mas a história começou logo em 2005, quando o então líder do PS chega ao Governo e António Costa aconselha Sócrates a chamá-la para coordenar a Unidade de Missão da Modernização Administrativa, que preparou o famoso Simplex — o plano que foi uma das principais bandeiras da governação socrática.
Ana Paula Vitorino
Ana Paula Vitorino
Ministra do Mar
A atual ministra do Mar, casada com o ministro Eduardo Cabrita, está no círculo próximo de António Costa e foi com ele que chegou à liderança de um Ministério, embora tenha sido com José Sócrates que teve, pela primeira vez, funções executivas. Em 2005 assumiu a secretaria de Estado dos Transportes, do Ministério então chefiado por Mário Lino, e foi aí que se manteve até ao fim desse Governo. Mas a sua história nesse Governo contou-se muito depois de ter saído. Em 2010, fez um depoimento escrito, como testemunha no processo Face Oculta, a revelar pressões de Mário Lino para que afastasse Luís Pardal da presidência da REFER por este estar a travar contratos com o empresário Manuel Godinho, referido pelo ministro como "um amigo do PS".
Manuel Heitor
Manuel Heitor
Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior
É um nome que se repete nos dois governos, mas por responsabilidade do antigo ministro da Ciência e Ensino Superior, Mariano Gago. Manuel Heitor esteve como seu secretário de Estado nos seis anos de governação Sócrates e foi escolhido por António Costa, pela experiência acumulada, para liderar esta pasta no atual Executivo. 

Secretários de Estado com Sócrates que são secretários de Estado com Costa

Teresa Ribeiro
Teresa Ribeiro
Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação
Chegou a secretária de Estado dos Assuntos Europeus escolhida por Luís Amado, já o primeiro Governo de José Sócrates estava a menos de um ano de chegar ao fim. E, em 2015, voltou a ser chamada a funções governativas, desta vez pelo ministro dos Negócios Estrangeiros Augusto Santos Silva, já no Executivo de António Costa.
Marcos Perestrello
Marcos Perestrello
Secretário de Estado da Defesa Nacional
É uma figura que, no PS, sempre se moveu dentro do círculo de António Costa. Foi seu vice-presidente na Câmara de Lisboa e já vinha com ele desde que Costa foi secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares de António Guterres -- era um dos jovens (como Fernando Rocha Andrade, por exemplo) em que Costa apostava e tinha no seu gabinete no Parlamento no primeiro Governo de Guterres. Foi aí que nasceu para a política, mantendo-se a partir de então sempre na órbita de Costa: foi diretor-geral do Centro de Informação e Arbitragem de Seguros Automóveis quando António Costa foi ministro da Justiça e, já em 2007, seu vice na CML. Isto tudo para dizer que a sua entrada para o segundo Governo Sócrates, em 2009, teve mais a ver com a experiência política que vinha acumulando ao lado de António Costa do que propriamente com uma proximidade relativamente ao antigo primeiro-ministro. Embora tenha sido com Sócrates à frente do PS que chegou à liderança da principal federação distrital socialista, a da Área Urbana de Lisboa. Foi nessa qualidade que visitou o antigo líder socialista no estabelecimento prisional de Évora, em 2014.
Luís Medeiros Vieira
Luís Medeiros Vieira
Secretário de Estado da Agricultura e da Alimentação
Já tinha sido adjunto do Secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural no Governo de Guterres e, depois foi chamado para Secretário de Estado da Modernização Agrícola e Qualidade Alimentar. No segundo Governo guterrista passou a secretário de Estado dos Mercados Agrícolas e da Qualidade Alimentar e foi também Secretário de Estado da Agricultura. O currículo fez com que Jaime Silva, ministro da Agricultura de Sócrates tivesse chamado Luís Medeiros Vieira para o seu lado, como secretário de Estado Adjunto e da Agricultura e Pescas. Capoulas dos Santos, o ministro de Costa para esta área, voltou a recorrer a ele em 2015, entregando-lhe a Secretaria de Estado da Agricultura e Alimentação. A experiência profissional, mais do que quaisquer ligações políticas, acabaram por traçar-lhe o destino na governação.

Trabalharam nos gabinetes dos governos Sócrates e hoje governam com Costa

Manuel Caldeira Cabral
Manuel Caldeira Cabral
Ministro da Economia
Nos últimos dias, o atual ministro da Economia veio tentar fazer a separação de águas relativamente a um antigo ministro da Economia a braços com a Justiça. Manuel Caldeira Cabral veio dizer que não foi assessor de Manuel Pinho, mas só de Teixeira dos Santos, nos governos de Sócrates. Nas declarações que fez na quinta-feira, Caldeira Cabral desfez o que classificou de "equívoco", mas não disse que antes dessas funções de assessoria colaborou com Manuel Pinho durante o tempo em que este liderou a pasta da Economia, através do Gabinete de Estratégia e Estudos do Ministério. Foi assim, aliás, que entrou num Executivo pela primeira vez, com estudos que lhe eram pedidos por Pinho sobre matérias que o então economista e professor da Universidade do Minho conhecia bem. Depois, Fernando Teixeira dos Santos puxou-o para a assessoria e ficou com ele no segundo Governo Sócrates, nas Finanças. Mais recentemente, em 2013, esteve ao lado do anterior líder do PS, António José Seguro, na preparação do programa do partido para a Economia. Já com Costa à frente do partido, um ano depois, foi convocado para concorrer nas listas do partido e acabou no Ministério da Economia.
Mariana Vieira da Silva
Mariana Vieira da Silva
Secretária de Estado Adjunta do Primeiro-ministro
É atualmente o braço direito de António Costa no gabinete de primeiro-ministro, com acesso às reuniões políticas mais restritas e com o papel de coordenar a ação política de todo o Executivo. Mas a proximidade entre os dois só aconteceu nos últimos três anos. Mariana Vieira da Silva, filha de José António Vieira da Silva, trabalhou pela primeira vez num Governo quando era Sócrates o primeiro-ministro. Foi assessora da ministra da Educação Maria de Lurdes Rodrigues, que conheceu no ISCTE, onde se licenciou em Sociologia. No segundo Governo Sócrates, transitou para adjunta do secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro, José Almeida Ribeiro, passando a trabalhar em São Bento, onde funciona o gabinete oficial do primeiro-ministro. É aqui precisamente que está hoje, mas agora como secretária de Estado Adjunta e uma das figuras em que Costa mais confia.
Tiago Antunes
Tiago Antunes
Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros
Hoje está no centro da produção legislativa do Governo, como secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, mas Tiago Antunes já tinha a experiência dos gabinetes dos Governos de Sócrates, onde esteve do início ao fim como chefe de gabinete dos dois secretários de Estado Adjuntos do primeiro-ministro que por lá passaram. E quando entrou foi logo direto para trabalhar diretamente com a figura mais discreta dos Governos de José Socrates, o seu secretário de Estado Adjunto Filipe Batista. Foi uma figura que raras vezes se viu em público e de quem nunca se ouviu uma palavra — já tinha trabalho com Sócrates no Ambiente, como seu chefe de gabinete. Era reconhecido como um amigo seu. Cumpriu as funções durante o Governo Sócrates I, mas já não entrou no segundo elenco governativo (foi entretanto nomeado por Sócrates para a Anacom), sendo substituído por Almeida Ribeiro. Quem se manteve neste centro nevrálgico do Governo Sócrates foi Tiago Antunes, que muitos anos depois, em 2017 e depois de uma mini remodelação, entrou para o Governo de Costa. Veio diretamente de Bruxelas, onde chefiava o gabinete do eurodeputado Pedro Silva Pereira.
Graça Fonseca
Graça Fonseca
Secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa
"O Governo não é uma novidade para Graça Fonseca." É o que dita a biografia da secretária de Estado Adjunta e da Modernização  Administrativa que está no site do Governo. E realmente não é. Antes de estar com António Costa neste Governo, Graça Fonseca já tinha estado com ele no Governo de Sócrates, como sua chefe de gabinete na Administração Interna. Depois foi também com Costa para a Câmara Municipal de Lisboa, em 2008, chegando a ter os pelouros da Economia, Inovação, Educação e Reforma Administrativa enquanto o socialista foi presidente. Saiu da Câmara para assumir o lugar de deputada, depois das eleições de 2015, mas, pouco mais de um mês depois de tomar posse no Parlamento, foi chamada para o Governo. 
António Mendonça Mendes
António Mendonça Mendes
Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais
Chegou à Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais depois de um dos homens de confiança de António Costa, Fernando Rocha Andrade, se ter demitido por ter ido a convite da Galp ver um jogo do euro 2016. António Mendonça Mendes, irmão da secretária-geral Adjunta do PS, é advogado e não tinha propriamente currículo em matéria de fiscalidade. Mas tinha peso político ascendente, sendo o presidente do PS-Setúbal e acumulando uma longa ligação ao partido desde a JS. Foi sobretudo o trabalho político que o fez ser chamado para o Governo de Sócrates, em 2005, sendo chefe de gabinete da socialista Ana Paula Vitorino, que era secretária de Estado dos Transportes. Daí saltou para uma área totalmente diferente, a Saúde, onde foi chefe de gabinete de uma ministra que de política percebia pouco, a médica pediatra Ana Jorge.
João Leão
João Leão
Secretário de Estado do Orçamento
O atual secretário de Estado do Orçamento também passou pelos gabinetes dos governos socráticos, concretamente pelo segundo, onde foi assessor do secretário de Estado Adjunto da Indústria e do Desenvolvimento, Fernando Medina (que, em 2014, sucedeu a Costa na Câmara de Lisboa). É professor de Economia do ISCTE e em 2010 foi nomeado Diretor do Gabinete de Estudos do Ministério da Economia e por lá ficou ate 2014, trabalhando com o Governo PSD/CDS. 
Anabela Pedroso
Anabela Pedroso
Secretária de Estado da Justiça
A sua experiência governativa começou nas Finanças, onde era funcionária bem antes de, em 2009 (segundo Governo Sócrates), se ter tornado Adjunta do Secretário de Estado da Administração Pública, Gonçalo Castilho dos Santos. A sua experiência profissional passa sobretudo pela modernização administrativa e inovação do sector público, tendo sido por isso chamada pela ministra Francisca Van Dunem para ser secretária de Estado da Justiça, tendo a seu cargo precisamente as tarefas relativas à simplificação da atividade judicial. 
Miguel Cabrita
Miguel Cabrita
Secretário de Estado Adjunto e do Trabalho
Já tinha experiência de gabinetes do Ministério do Trabalho, em governos PS, quando chegou ao Governo Sócrates, em 2005, para exercer as funções de Adjunto de Vieira da Silva. Também já era um ativo na política: licenciado no ISCTE, foi um dos promotores do "Movimento Imaginar Portugal”, dinamizado por um grupo de jovens académicos que tinha apoiado a candidatura de Ferro Rodrigues nas legislativas de 2002. Depois disso, o movimento passou a ser um grupo de reflexão política do PS (onde estavam nomes como Fernando Medina ou Pedro Adão e Silva). Entrou no atual Governo novamente pelo ferrista de sempre Vieira da Silva, que o escolheu para secretário de Estado do Emprego. 
Cláudia Joaquim
Cláudia Joaquim
Secretária de Estado da Segurança Social
Mais um nome que tem estado nos governos socialistas sempre ao lado de Vieira da Silva e por sua indicação. Foi assim nos dois governos de José Sócrates, quando foi primeiro assessora do secretário de Estado da Segurança Social, Pedro Marques, e depois sua Adjunta.
Guilherme W. d'Oliveira Martins
Guilherme W. d'Oliveira Martins
Secretário de Estado das Infraestruturas
O vasto currículo académico fez com que este jurista fosse consultor de Fernando Teixeira dos Santos, durante todo o tempo em que este foi ministro das Finanças dos governos de Sócrates. Com António Costa ao comando, Guilherme W. d’Oliveira Martins (filho de Guilherme d'Oliveira Martins, antigo presidente do Tribunal de Contas) passou a secretário de Estado das Infraestruturas.
Paulo Alexandre Ferreira
Paulo Alexandre Ferreira
Secretário de Estado Adjunto e do Comércio
A primeira vez que trabalhou diretamente num Governo foi ao lado de Teixeira dos Santos, como assessor do ministro das Finanças, nos seis anos de Governo Sócrates. O economista foi chamado em 2015 para integrar o Executivo de Costa como secretário de Estado do Comércio.
Ana Mendes Godinho
Ana Mendes Godinho
Secretária de Estado do Turismo
Também passou pelo Governo de Sócrates, mais concretamente pelo Ministério liderado por Manuel Pinho, onde foi chefe de gabinete do então secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, que a convidou em 2005. No Governo Costa, manteve-se no mesmo Ministério, agora liderado por Caldeira Cabral, mas como secretária de Estado daquela mesma pasta.